Desde os dias dos antigos filósofos gregos até relativamente aos tempos modernos, a opinião científica dominante alegava que o universo não foi criado em nenhum tempo específico, mas sempre existiu. Esta opinião, conhecida hoje como a teoria do “estar – constante”, obviamente está em direta contradição com a Torá, que explícitamente afirma que o mundo foi criado. Entre outras razões, o fato de as constelações parecerem imóveis durante milhares de anos foi dado como prova de que o universo é fixo e imutável. Em vista deste fato e de outras suposições, a teoria do estar-constante foi considerada, até recentemente, uma verdade científica indisputável. O primeiro grande desafio a esta opinião foi proposto em 1924.
Um jovem astrônomo americano chamado Edwin Hubble estava trabalhando no Observatório Mount Wilson, na Califórnia, usando o que era naquele tempo o telescópio mais potente do mundo. Até aquela época, astrônomos acreditavam que a galáxia Via Láctea, que contém a nossa Terra, constituía a maioria do universo, e o pouco que poderia ser visto além da nossa galáxia era insignificante. Hubble descobriu que o universo se estende a distâncias enormes e contém milhões de galáxias, fazendo da nossa Via Láctea somente um pequeno ponto na tela. Esta descoberta espalhou uma onda de impacto através da comunidade científica.
Hubble, no entanto, não descansou em seus lauréis e seguiu para a sua próxima descoberta: o universo em expansão. Mudanças que ele descobriu nas ondas de luz emitidas pelas galáxias eram a evidência de que elas estavam se afastando umas das outras. Em outras palavras, o universo não tinha dimensões fixas e estáveis, mas estava em estado de expansão contínua, como um balão inflando constantemente. Esta descoberta, chamada de “A Lei de Hubble,” foi recebida calorosamente por Albert Einstein, que se propôs a visitar o Observatório de Mount Wilson em 1931 e agradecer a Hubble pessoalmente pela sua contribuição à ciência. De fato, esta descoberta ajudou Einstein a resolver vários aspectos anteriormente inexplicáveis de seus próprios cálculos. As descobertas de Hubble enfraqueceram totalmente as teorias científicas anteriores acerca da natureza do universo; mas levariam outros quarenta anos antes do aparecimento de uma onda revolucionária de pensamento. Em 1965, Robert Wilson e Amo Penzias, dois cientistas americanos trabalhando nos Laboratórios Bel, em Nova Jersey, mediram ondas de rádio específicas com a ajuda de uma antena muito sensitiva de detecção de micro-ondas. Para surpresa dos dois cientistas, eles descobriram que quando apontavam seu instrumento, eles podiam detectar no fundo uma fraca radiação eletromagnética fluindo através do espaço, com uma força de três graus Kelvin (medida de calor).
Esta descoberta causou imenso interesse e excitação na comunidade científica, porque fornecia provas para a teoria do Big Bang, conforme trazido ao conhecimento, principalmente por George Gamow e seus colegas em 1946, aproximadamente dezenove anos antes. De acordo com esta teoria, o universo veio a existir com a súbita aparição de alguma coisa, como uma vasta explosão de luz, que foi uma concentração poderosa de energia. Neste momento, era impossível para a matéria física existir, porque o calor intenso a destruiria imediatamente. Somente depois que a bola de fogo criada pelo Big Bang começou a esfriar, pôde a matéria vir a existir e se cristalizar em suas formas atuais. Antes da descoberta da radiação de fundo por Wilson e Penzias, o mundo científico não aceitava a ideia do Big Bang, principalmente porque de acordo com esta teoria, uma radiação de fundo de “aproximadamente 5 Kelvin” deveria ter permanecido para preencher o universo depois do esfriamento. A tecnologia, no entanto, não era suficientemente avançada para construir instrumentos com a sensibilidade necessária quando Gamow propôs sua teoria. Assim, era impossível verificar a predição mais importante da teoria. Sabemos agora porque a comunidade científica ficou tão excitada com a descoberta desta radiação pelos dois americanos, que foi identificada como radiação que emanava desde o começo do universo. Isto despedaçou a teoria aceita por várias gerações de cientistas de que o mundo sempre existiu, e se tornou uma prova científica inequívoca de que o mundo foi criado!
A descoberta anterior de Hubble, do “universo em expansão”, agora proporcionou mais provas para este novo enfoque, postulando que todas as galáxias do universo estão se afastando umas das outras a uma grande velocidade. Os cientistas começaram a calcular em retrospectiva na tentativa de estabelecer quando esta expansão começou. Eles descobriram que, aparentemente, todas as galáxias começaram esta trajetória em um ponto único no contínuo espaçotempo, e foi este o momento em que o universo começou a existir. Em vista de toda esta evidência, e quase sem detratores na ciência moderna atual, a nova teoria foi firmemente estabelecida como o modelo aceito para a origem do universo; foi considerada uma das mais importantes descobertas do século 20, e a teoria do “estar-constante” foi abandonada. Por outro lado, o Povo Judeu nunca precisou da radiação ao fundo ou de galáxias em fuga para saber que o mundo foi criado. Eles não ficaram perturbados quando reivindicações científicas iniciais sugeriam que uma criação repentina contradizia as leis da física. Nossos Sábios e antepassados tinham confiança na informação que receberam, porque ela estava claramente na Torá, escrita pelo Criador do mundo. E quem sabe melhor do que Ele como o universo veio a existir? Temos que ter em mente o fato de que a Torá precedeu a ciência com uma informação muito significativa. A ciência descobriu só recentemente que o universo foi criado; até agora, não pôde dizer o que causou esta criação. Como os professores Paul Steinhardt e Allan Guth — que desenvolveram a teoria revolucionária da inflação do universo nos anos 1980 — declararam: “O momento da criação não tem explicação.”
-“No princípio D’us criou os céus e a terra”-.
No seu expressar moderado, o Professor Hawking afirmou: “O verdadeiro ponto da criação do mundo está além do presente escopo conhecido das leis da física.” No entanto, a Torá nos ensina toda a verdade, quando declara claramente: D-us imprimiu as leis naturais sobre a Sua criação. Ele não é obrigado a seguir estas leis, e está em Seu poder criar algo a partir do nada.
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