Parashat Vayikra

Será que D’us recebe de nós ou nos concede a possibilidade de “dar” a Ele?

A Torá nos ordena a não sermos influenciados, pelas ações dos habitantes da terra de Canaã, que serviam à idolatria de Molech. Esta era uma idolatria terrível em suas consequências. Os pais entregavam um dos seus filhos ao ídolo, passando-o pelo fogo.
O mundo pagão apresenta uma realidade impenetrável, sem emoção e animal. Em Canaã, a terra que o povo de Israel estava prestes a entrar, havia esta “cultura” de sacrifício humano.
Pergunta: Será que não havia naquele região sentimento para os seres humanos? Como os pais podem sacrificar seus filhos?
Resposta: O mundo pagão daqueles antigos habitantes estava cheio de emoções, mas esses sentimentos não estavam relacionados à misericórdia. Foi uma grande tempestade de sentimentos, com os quais eles  serviam seus deuses. Era uma erupção de emoções que não havia nenhum lugar a nenhum sentimento de piedade ou outros sentimentos superiores.
Pergunta: Será não haviam mães? Não havia coração de mãe que não percebia este desastre? Como eles ficaram imobilizados sem fazer nada? Como elas não tentaram proteger seus filhos? Qual é o significado disto?
Resposta: para entender isto, deve-se primeiramente ser entendido o surgimento desta forma de idolatria tão cruel.
A ilustração que as pessoas davam sobre o que acontecia no céu eram, por vezes, desejos de coração fraco ou uma briga de desejos feios e sombrios. Seus olhares para o que chamamos de “espiritualidade” era completamente distorcido. Não houve em tal “espiritualidade”, a ascensão que nos é conhecida, a proximidade com o Criador ou a correção das dimensões da alma e a penetração no coração. Atos “não tão nobres”, pensavam em encontrar nos céus.
A mitologia pagã sore os acontecimentos celestiais, era cheia de assassinatos e lascívia, tudo o que definimos como abominável. O “céu” deles era muito cruel. Como a seus olhos, o céu era muito cruel, assim também eram seus comportamentos na terra.
Para se conectar ao estilo pagão, era necessário um estado de espírito de êxtase. Enquanto desperta agitação emocional, a inundação emocional descontrolada que enchia toda a alma, os sentimentos humanos de compaixão, amor e humanidade calorosa eram completamente apagados e perdidos. Eles desapareciam perante a explosão de emoções e a pregação dos sacerdotes da idolatria. Nessas circunstâncias, as mães não podiam ficar de braços cruzados, elas também foram arrastadas para o terrível erro.
E por que os pais sacrificaram seus filhos como sacrifícios ao Molech?
De acordo com o discernimento que os sacerdotes da idolatria introduziram nas massas, os “grandes deuses” são criaturas raivosas. O pobre não pode se defender ou se opor a eles. Esses ídolos, acrescentaram os sacerdotes, adoram apenas crianças.
Naqueles dias a morte das crianças (por algum motivo de “punição” dos deuses) era grande. Portanto, seria necessário apaziguar aos deuses. Portanto, crianças seriam sacrificadas para satisfazer a vontade dos deuses, e com isso, já não puniriam mais as crianças restantes.
Este processo é baseado em um erro terrível, que abrangia todos os tipos de idolatria. Ao sacrificar um sacrifício ao ídolo, os pagãos lhe concedem um presente, e assim ele apazigua seu deus. Esta é a fonte desta vida horrível e, como será explicado:
Os lugares de culto pagãos eram lugares de sacrifício, nada mais. Conceitos como a pureza do sacrifício do seu coração, a transcendência espiritual da vida terrestre, ampliando conceitos supremos, reparação e outros traços de caráter, todas as tarefas que estavam a aspiração do povo de Israel ao oferecer sacrifícios no Beit Hamikdash, não faziam parte da cerimônia dos sacrifícios nos centros pagãos.
Bilam, o profeta das nações, definiu o status daquele que oferece sacrifícios, que não faz parte do serviço Divino. Ele orienta a Balak  (Bamidbar 23:3): “…fiques erguido sobre o sacrifício…”. Aquele que oferece o sacrifício, permanece de pé, destaca-se uma posição dura e rígida no ato do sacrifício, imóvel internamente, sem qualquer transcendência espiritual.
Ao longo dos anos em que o primeiro Beit Hamikdash estava construído, é encontrado que o povo de Israel foi cegamente influenciado a seguir a idolatria. Hoje em dia, não existe esta atração à idolatria, atração a um pecado que segundo a aparência, parece ser primitivo e livre de toda lógica humana. Esse instinto agora não tem sentido, mas naquela época ele era ativo.
No início da época do segundo Beit Hamikdash, consta no Talmud (Sanhedrin 64a) que os membros da grande assembleia rezaram para que esta péssimo instinto seja anulado do mundo, e suas rezas foram aceitas.
Durante as gerações, o povo de Israel gradualmente introduziu a fé em um único e absoluto D'us para os habitantes do mundo. Muitos vêm e adquirem para si partes da Torá, e seguindo essas ideias, eles se afastam da idolatria à madeira e à pedra.
A Torá ensina que D'us criou o céu e a terra. Nós dificilmente notamos a grande renovação inerente a estas palavras. Um dos nomes de D'us é Elokim, este nome representa o grau de julgamento. Na criação do mundo, Ele apareceu demonstrando a graça divina. D'us não tem interesse em tirar nada dos seres humanos, Seu único propósito é sejamos dignos de receber sua infinita graça
Quando a realidade mostra o caos, quando se trata de desastres naturais e desgraças, não é fácil para as pessoas acreditarem que o comportamento Divino é benevolente. Passo a passo a fé penetrou na humanidade e lhes concedeu o conhecimento e entendimento que mesmo as calamidades são de origem Divina, para que as pessoas consertem seus atos e suas virtudes.
Ao exclamar que a pessoa é “a imagem de D'us”, declaramos que D'us existe no céu e a pessoa como Seu representante na terra, deve agir segundo as virtudes e comportamentos Divinos. Ao sentir que piedade e misericórdia de nossos corações é oriunda da piedade e misericórdia Divina, nos comportaremos segundo as diretrizes da Torá.
Essas fundações trouxeram bem ao mundo inteiro e continuarão a liderar o mundo inteiro até

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