Tradução: Gladis Berezowsky e Yeshayahu Fuks
- Hoje, dia 17 de Tamuz, é um dos dias de jejum que foram estabelecidos em memoria a destruição dos Templos Sagrados. No dia 17 de Tamuz, os muros de Jerusalém foram violados pelos romanos. Três semanas depois, em Tisha B’Av, o Segundo Templo foi destruído. Hoje começa o período conhecido como “entre os estreitos” ou “as três semanas” e os costumes de luto são observados durante este tempo.
- Nossos sábios mencionam quatro outras catástrofes que ocorreram nesta data: Moisés desceu do Monte Sinai, viu o bezerro de ouro e quebrou as Tábuas da Aliança; o sacrifício perpetuo no Primeiro Templo foi interrompido devido à falta de ovelhas; Apostomus (durante o período do Primeiro ou do Segundo Templo) queimou um rolo da Torá e colocaram um ídolo no santuário do Templo.
- O que todos esses cinco eventos têm em comum? Eles quebraram nossa rotina diária e a estilhaçaram, quebraram as regras usuais que tínhamos certeza que durariam para sempre. Por exemplo: Paredes estáveis são quebradas repentinamente, o sacrifício perpétuo oferecido todos os dias cessa repentinamente e as tábuas estáveis e sagradas do pacto são quebradas em pedaços. Nossos sábios nos convidam a fortalecer neste dia o alicerce, as paredes de nossas vidas, os valores e alicerces que nos parecem óbvios.
- Esta época do ano nos lembra que, apesar de quanto avançamos e conquistamos durante a última geração, ainda não alcançamos a redenção completa. Há pedaços de nossas vidas pessoais e nacionais que estão despedaçados e perdidos. Os desastres e convulsões que o mundo passou no ano passado (no momento da redação deste artigo, eles ainda estão procurando por desaparecidos na Flórida) servem como lembretes dolorosos adicionais de que ainda temos trabalho a fazer. O jejum não visa causar sofrimento, mas nos fazer pensar e aprender lições de eventos passados e presentes. Que possamos ouvir apenas boas notícias.