Se você já se perguntou como a mídia pode convencê-lo de “fatos” que não têm nada a ver com a realidade, tais como “… está roubando o tesouro do país” ou “a maioria… não trabalha e é parasita”, um novo estudo americano tem respostas, embora elas sejam deprimentes.
Não há nenhuma dificuldade em fazer com que as pessoas acreditem nas mentiras mais irreais, desde que você as repita o suficiente. Um meio de comunicação com uma intenção tem muitas oportunidades de repetir os “fatos” várias vezes, quer eles tenham acontecido ou não.
Uma equipe de pesquisa da Universidade de Yale estudou o fenômeno das “Fake News” que ganha cada vez mais força no mundo. Eles coletaram notícias que eram claramente fabricadas (“O Papa Francisco decidiu apoiar Trump para presidente e enviou uma mensagem à imprensa nesse sentido”) e começaram a investigar a influência que a repetição constante desses fatos teria. Isso não foi difícil de fazer, considerando que essa notícia foi disseminada principalmente pelo Facebook, que muitas pessoas compartilharam. O resultado foi que, quanto mais as pessoas viam as manchetes falsas, mais elas tendiam a acreditar nelas, por mais absurdo que fosse o conteúdo.
Se você não acha que isso é deprimente, aqui está outra descoberta: Quando as pessoas viam manchetes verdadeiras, mas não com muita frequência, elas tendiam a duvidar muito mais delas do que de uma mentira repetida muitas vezes. “Mesmo uma exposição adicional a um ‘fato’ aumenta a crença de uma pessoa em sua credibilidade, seja no momento ou mesmo uma semana depois”, escrevem os pesquisadores. “Mais do que isso, a fé nas notícias falsas continua mesmo depois de comprovada sua falsidade por ‘destruidores de mitos’ ou se a prova da falsidade discordar da ideologia política dos leitores.”
Essa ferramenta foi de fato usada pelo infame nazista Joseph Goebbels, oficial de propaganda de Adolf Hitler. Goebbels declarou: Repita uma mentira com frequência suficiente e ela se tornará uma verdade”.
Parece que a natureza humana não mudou muito desde então.