“Como lidamos com as coisas rotineiras em nossas vidas? Como nos levantamos de manhã para as instruções operacionais diárias?”, pergunta a Rebetsin Yemima Mizrahi. “Na Parashat Mishpatim, os filhos de Israel dizem as famosas palavras: נַעֲשֶׂה וְנִשְׁמָע “Faremos e ouviremos”. Eles prometem, em primeiro lugar, fazer o que é necessário, mas também tentar ouvir, tentar encontrar significado. Eles pedem que a ação nos diga algo, que sintamos e lembremos que isso é importante, que ouçamos as vozes do Monte Sinai ecoando por força das nossas ações. Você pode se levantar de manhã, ir ao trabalho, dobrar a roupa, rezar, resolver suas pendências, mas não achar sentido nessas tarefas intermináveis. E você também pode fazer – e ouvir. Conduzir sua agenda, relacionar-se exatamente com as mesmas tarefas, mas através de uma abordagem que lembre como são sagradas e preciosas. A ação cria significado e motivação. Afinal, o que há de tão agradável em ir ao mesmo escritório todos os dias, preparar outra omelete, dar banho novamente no filho? A resposta é: faremos e ouviremos. Sentir afeição e motivação pela ação, até pela rotina. Não é amor pela lavanderia, mas pelo menino cujas roupas sujas eu estou agora lavando. Vou sair agora para trabalhar para fazer a diferença, para me sustentar, para agir. Estou fazendo uma omelete para matar a fome de alguém. Esse é o segredo. Podemos realmente dizer: Faremos – e seremos felizes”.
