Yom Kippur

Não só Unetanei Tokef

Untané Tokef = (é um piyyut que tem sido parte da liturgia de Rosh Hashaná e Yom Kippur em algumas tradições do judaísmo rabínico por séculos)

Mais de 1.000 pessoas vieram se despedir do falecido Hanoch Albalek no Kibbutz Beit Hashita na sexta-feira. Shai Gil, o porta-voz do Conselho Regional de Gilboa, enviou-me as despedidas que lá foram ditas e escreveu que sentia que a morte de Hanoch, o solista kibutznik de 84 anos da oração “Netaneh Tokef”, inundou o grande público de emoções, de pessoas sedentas por tal conexão. Aqui está apenas um exemplo. Foi assim que o funeral começou, com as palavras de uma amiga da família Yehudit Peled:
“Através da melodia, Hanoch conectou entre os mundos. Entre um mundo Ashkenazi, socialista, exigente e severo e um mundo sefardita de Jerusalém com piyyutim de festas e comemorações, mitzvot e boas ações, e um monte de histórias engraçadas e histórias que fazem rir e alegrar com simplicidade. Nas melodias que Hanoch trouxe de Jerusalém para o kibutz – Avinu Malkeinu, Adon HaSlichot, Tzur MeShelo, HaMavdil Bein Kodesh LeHol, MePiel, Karev Iom e as músicas em ladino – havia uma alma extra. Algo difícil e talvez desnecessário definir. Algo que vibra, dedilhado sobre cordas inativas, que evocam vozes esquecidas. Em seus últimos anos, Hanoch fez questão de ir à sinagoga no Shabat e feriados e, mesmo quando era muito difícil, não desistiu. O clímax era, claro, no Yom Kippur, quando abria as portas do céu na oração de ‘Netaneh Tokef’. Na quarta-feira, a alma de Hanoch partiu e subiu para cima. Círculos e círculos de cantores, próximos e distantes, se reuniram e vieram para cá, Hanoch. Uma ampla família. Dizem um grande obrigado pela santidade que você trouxe para o dia dia. Pelo som claro, profundo e alto de alegria. Por ter conectado os céus à terra – seculares e religiosos, asquenazim e sefaradim – durante sua estada aqui na terra”.

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