Sivan Rahav Meir

Nehama, a professora

Eu tinha 15 anos quando encontrei pela primeira vez os livros de Nechama Leibowitz – e meu mundo mundou. Repentinamente, descobri que o judaísmo era intelectual e provocava a reflexão. Nechama, a grande professora de tanach (bíblia), faleceu há exatos 23 anos. Adiante, duas histórias sobre ela, que ouvi através dos anos:
Um palestrante mais velho, certa vez contou sobre quando foi convidado a dar uma aula sobre shmitá (ano sabático) num moshav religioso. Ele preparou material que era profundamente complexo. Nechama estava na plateia e se aproximou do palestrante quando acabou a aula e lhe disse: “Imagino quantos agricultores na plateia entenderam a aula…”. O palestrante disse que entendeu a mensagem, pois o objetivo de Nechama em suas palestras não era demonstrar quanto ela sabia (e ela sabia muito), mas ensinar ao público.
Um aluno de Nechama contou que toda vez que faziam perguntas nas aulas dela, era respondido com outras perguntas. Ela não queria apenas nos ensinar o conteúdo, mas desejava fazer os estudantes refletir, investigar e descobrir por eles mesmos. Certa vez ela escreveu: “Cada um tem de ler a Torah do seu próprio jeito, único nesse mundo, de uma forma que nunca foi e nunca será repetida.” Ela lutou para que cada um de nós procurasse por sua leitura singular da Torah, de uma forma que nunca foi nem nunca mais seria lida de novo.
Que sua memória seja abençoada.

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