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O reservista que terminou toda a Bíblia Hebraica em 100 dias de batalha | Sivan Rahav-Meir

Barak Fux, à direita tomando uma xícara de café, estudando o Tanach em Gaza

Tradutores: Gladis Berezowsky e Yeshayahu Fuks 

Por aproximadamente três meses, os reservistas da Unidade Nahal do Exército Israelense viveram dentro da escola para meninas no Kibutz Hafetz Chaim. Rabino Zeevik Harel, o rabino da escola diz:

“Durante a comovente cerimônia de despedida, apertei a mão de todos, incluindo Barak Fux, um residente de Tzur Hadassah, que é programador da indústria aeroespacial, visto durante suas horas livres, sentado no Beit Midrash (salão de estudos) e estudando o Tanach (a Bíblia Hebraica) o tempo todo. Com ternura, perguntei a ele: que livro você estudou? Aí ele respondeu: vou terminar o Tanach inteiro hoje!

Para minha grande surpresa, ele me contou que quando foi convocado como reservista, procurou algo para se alimentar espiritualmente. Ele havia decidido que entre as diferentes ações e operações militares de que faria parte, estudaria o Tanach, com comentários do Rabino Steinsaltz.

Ele me explicou: “Pensei comigo mesmo que essa era uma oportunidade única de terminar o Tanach inteiro, e a verdade é que realmente me conectou a todas as gerações, até a nossa realidade, nos dias de hoje”. Nosso pessoal entrou e saiu de Gaza o tempo todo, garantindo a segurança no abastecimento dos suprimentos lá dentro, e nos intervalos eu sentava e estudava. Não sabíamos quando seríamos liberados, mas os colegas estavam rindo dizendo que seríamos liberados assim que eu terminasse meu estudo. Eis que, tendo chegado ao Livro das Crônicas, começamos a ver o fim. Hoje terminei o Tanach inteiro e vamos para casa. ”
Eu não queria publicar esta história sem a aprovação de Barak Fux. Ele aceitou e pediu para aproveitar esta oportunidade para agradecer do fundo do coração ao Kibutz Hafetz Chaim e à escola por todos esses meses, e acrescentou uma mensagem:

“Tenho déficit de atenção e não sou uma pessoa que estuda diariamente. E quero dizer a todos que têm esse mesmo problema: existem formas de aprender. Pessoalmente, estudo com fones de ouvido e em horários nem sempre rotineiros.

Você tem que entender que existe um obstáculo. Não é uma desculpa, é algo que temos que reconhecer e conviver, e a questão é apenas de que forma podemos superá-lo.”

Obrigado, Barak. E como dizem quando você termina de ler um livro da Torá: forte, forte e seremos fortes!

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