Parashat Lech lecha

PARASHAT LECH LECHA 5780

Salvar vidas

Consta na Torá (Bereshit 14:12-16), que durante a guerra dos reis, Lot o sobrinho de Avraham, foi preso e tomado como refém. Avraham ao escutar esta notícia, mesmo que já tinha se afastado de Lot, perseguiu os reis que cativaram a Lot, com 318 pessoas treinadas. No final, Avraham conseguiu conquistar os reis e trazer todos os bens confiscados e óbviamente resgatou a Lot do cativeiro.

Escreveu Rabi Eliezer Papo no seu renomado livro “pele yoetz”: é sabido a grandeza da mitsvá de salvar vidas, uma vez que todas as mitsvot da Torá são postas de lado quando isso impede a salvação da vida de alguém. Esta mitsvá é tão importante que casa haja necessidade, os livros da Torá são vendidos para salvar a vida de alguma pessoa.

Consta em chazal, que todo aquele que mantém uma alma do povo de Israel, é considerado que como estivesse mantendo o mundo inteiro, pois de Adam harishon que foi o primeiro homem, saiu toda a humanidade, e de Avraham Avinu que foi nosso primeiro patriarca, saiu toda a descendência do Am Yehudi. Portanto, é muito importante que cada um se esforce o máximo possível para salvar e ajudar a seu próximo e D'us ao ver isso completará o que está fora de alcance da pessoa, e não só isso, aquele que se esforçou no máximo possível, D'us lhe concede recompensa como se ele próprio tivesse terminado a missão.

Certa vez, o Rav Michl Yehuda Lefkovits Zts”l, escreveu uma carta fortificando uma pessoa que “dedicou-se de corpo e alma” para salvar outra pessoa, e assim ele escreve: consta no Talmud (Shabat 30b), sobre o passuk (Kohelet 12:13): “…eis a conclusão final: Teme a D'us e guarda seus mandamentos, pois nisto consiste todo o dever do homem”. Questiona o Talmud: o que significa ” pois nisto consiste todo o dever do homem”? disse Rabi Elazar, o mundo inteiro foi criado somente com este princípio. Disse Rabi Abba bar Cahana, que a importância da pessoa que cumpre este preceito é equivalente ao mundo inteiro. Shimon Ben Azai disse, que o mundo inteiro foi criado somente para cumprir tais preceitos.

Aprendemos daqui, diz o Rav Lefkovits, quão grande é a importância de cada um e um, que ele é equivalente ao mundo inteiro, e que o mundo inteiro foi criado somente com este intuito.

Ao salvar uma única alma, escreve o Rav Lefkovits em sua carta, que ao salvar a pessoa que salvastes, vc fez uma mitsvá tão grande que te garanto que todos seus pedidos serão aceitos pelo Todo Poderoso, e que não sofrerás nenhum prejuízo ou dano.

Adiante, lhes trago uma reportagem que recebi (citando a fonte do escritor) sobre uma pessoa que se ocupa com salvação de pessoas sem nenhuma distinção entre as pessoas a serem salvas, e o resto contado, será julgado por cada um dos leitores…

A ONG Ezra Le Marpe foi fundada há 4 décadas pelo Rav Firer, um Chassid de Belz. Desde então a entidade ajuda pessoas todos os dias semi diferenciam idade, sexo, religião ou etnia.

 

Milhares de pessoas por mês aconselhar com ele e receber indicações de especialistas, tudo de graça.

 

Neste mês, eu promoveria uma demonstração de como obter recursos para as ONGs. Nesse evento, vários cantores do Iriam se apresentar, entre eles o famoso Shlomo Artzi.

 

Como o evento que não é dedicado exclusivamente ao público ultraortodoxo, os assentos não teriam separação, porém cantoras não tomariam parte deste evento.

 

Após sair, nos noticiários de que nenhuma mulher estaria entre os artistas da programação e uma “discriminação contra mulheres” estava sendo feita, foi iniciada uma campanha para dissuadir os cantores de se apresentar. Após algumas horas, vários cantores, entre eles o próprio Shlomo Artzi, informaram que não iriam aparecer pois nenhuma mulher iria cantar.

 

Conforme a Halachá, é proibido um homem ouvir um canto de uma mulher. Como quem está organizando esse evento privado é o Rav Firer e ele é ultra-ortodoxo, ele não está convidou cantoras, pois é contrária a sua fé.

 

Inacreditável ler os comentários que escreveram sobre o Rav Firer desde que a campanha contra o evento foi iniciada. Devemos lembrar que é um evento em particular, com a intuição de arrecadar dinheiro para uma das mais belíssimas causas ajuda ao próximo em momentos de sofrimento físico ou mental. Pessoas que não sabem como seguir, e como conseguir ajuda em casos de doenças D'us nos livre.

 

Por outro lado, assim a campanha foi iniciada e começaram as ameaças aos cantores que iriam comparecer, vários artistas que não estavam envolvidos apoiaram o Rav Firer. A seguir alguns deles: Alma Zohar, Corrina Gideon, Natan Goshen e Idan Amedi.

 

Amedi até se prontificou para cantar graça mesmo que não havia sido convidado para comparecer.

 

Eu acho que estou muito envergonhado com essa “bafafa” acompanhada de ódio. O que fiquei mais chocado foi o jornalista dizendo em rede nacional “quem participar no evento pagará um preço alto”.

 

Como parte de vocês podem ter percebido, a mídia aqui em Israel não é imparcial, o que tento ser, desta vez não pude assistir em silêncio as tentativas de deslegitimar uma personalidade como Rav Firer.

 

Uma coisa é não concordar e respeitar, outra coisa é iniciar campanhas contra uma pessoa que segue sua fé e  ajuda a milhares de pessoas.

 

Infelizmente, uma grande pressão feita pela mídia e por artistas, o evento que foi cancelado, um evento que levaria milhares, se não milhões de shekels para ajudar as pessoas.

 

Hoje (4/11) após ser publicado que o evento não irá mais acontecer, o Rav Firer divulgou a seguinte mensagem:

 

“Em toda a minha vida, não estive envolvido com uma arrecadação de fundos para nossa ONG, que já forneceu ajuda para mais de um milhão de pessoas. Eu retiro minhas forças  da Halachá e tenho orgulho do meu estilo de vida. Continuarei com minha vida, salvar vidas.”

 

Crédito: Allan Zilberman

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