Diz a Gemara, no Massechet Shabbat, que certos óleos e pavios que são proibidos de ser usados para acender as velas de Shabat, podem ser usados para as velas de Chanukah. O Sfat Emet disse, em nome do Chidushei HaRim, que um dos significados mais profundos dessa Gemara é que as neshamotdas pessoas que parecem não conseguir se acender nem mesmo no sagrado Shabat, serão capazes de se acender nas luzes das velas de Chanukah.
Infelizmente, existem muitas almas que se afastaram do caminho de Torah e Mitzvot; pessoas de boas famílias, pessoas que já alcançaram grandes alturas. Mesmo que seus pais e irmãos tentam de tudo para trazê-los de volta, nada parece funcionar. Nossos Sábios dizem que durante esses dias de Chanukah, há uma ajuda celestial extra para reacender essas almas e por isso devemos aproveitar.
Mas por que o poder das velas de Chanukah é tão grande? O sefer Mivaser Tov explica que, na época do milagre de Chanukah, o povo Judeu arriscou suas vidas para lutar contra os gregos. Com um pequeno número de pessoas, eles enfrentaram o poderoso exército grego. Mas as suas vidas não estavam em risco, o que nos faz questionar: Por que, então, estavam brigando? A resposta é que eles estavam lutando para se livrar dos decretos religiosos que os gregos lhe impunham. Essa foi uma luta pela Torah e Mitzvot. Quando Hashem viu o quanto ansiavam pela pureza da Torah, foi então que Ele fez o milagre e possibilitou que derrotassem os gregos.
Além disso, Ele lhes deu o mérito de cumprir a Mitzvah da Menorah na sua forma mais pura, sem ter que se preocupar com o fato de que tecnicamente poderiam ter sido acesas com óleo impuro. As chamas das velas de Chanukah representam o nosso desejo de pureza. E todos os anos, Hashem traz de volta a mesma energia que estava lá no momento do milagre. A energia que vem das velas é de pureza e está no ar durante esses dias para ser captada por nós.
Agora é a hora de redobrar nossos esforços para rezar mais do que nunca para trazer de volta aquelas almas perdidas. Se não restarem soluções, se não há mais hishtadlut a ser feita, então poderemos entregar o trabalho para Hashem. Ele tem infinitas maneiras de ajudar. Mas devemos fazer a nossa parte e rezar com todas as nossas forças.
Um Rabino de Israel, muito poderoso e inspirador, contou a seguinte história. Um amigo dele pediu para assumir sua Sinagoga num Shabat, pois tinha que viajar para um evento familiar. O Rabino, que morava em outra cidade, concordou em vir para ajudar o amigo. Sexta-feira à tarde, enquanto caminhava para a Sinagoga, ele viu uma placa dizendo que no domingo à noite aconteceria uma seudah em um determinado salão para comemorar o shloshim (azkara) de uma pessoa que tinha falecido. O Rabino reconheceu o nome, ele conhecia a família, e ficou chocado por não ter ouvido da morte daquela pessoa. Ele decidiu voltar para aquela cidade no domingo.
No domingo, quando ele se aproximou do salão, ele descobriu que não era a pessoa que ele pensava. Tratava-se de um parente que tinha o mesmo nome. O homem tinha falecido tragicamente aos 52 anos de idade, e havia mais de 300 pessoas presentes na azkara. A multidão era de pessoas que não eram tão observantes e ninguém aí tinha conhecimento suficiente para proferir palavras de Torah. Alguém viu esse Rabino e disse: “Uau, que bom que você está aqui. Poderia, por gentileza, compartilhar umas palavras de Torah?” O Rabino concordou alegremente. Ele se levantou e deu uma poderosa derashade 45 minutos. As pessoas estavam muito atentas, pois estavam lá em honra do falecido. O Rabino fez um discurso inflamado sobe o propósito da vida e todos ficaram inspirados. Ele não sabe o que se sucedeu depois, mas certamente isso impactou a vida de muitas pessoas.
Hashem pegou esse Rabino e o colocou naquele ambiente para dar chizukàquelas almas perdidas. Hashem descobre maneiras de ajudar quando nós não conseguimos fazê-lo.
Precisamos usar a Siyata d’Shamaya extra que temos em Chanukah e implorar para que Hashem traga de volta todos aqueles que se desviaram do caminho de Torah e Mitzvot.
Rav David Ashear
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